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Farmacêutico tem papel fundamental na orientação sobre autoteste para HIV


Fonte: CFF
Data de publicação: 15 de julho de 2017

A partir deste mês, farmácias em todo país começarão a vender o primeiro autoteste para detecção do HIV, o vírus causador da Aids. O kit vem com o líquido reagente, lanceta - usada para furar o dedo - um sachê de álcool e tubo para a coleta do sangue. O resultado leva de 15 a 20 minutos para aparecer. Linhas indicam se há ou não presença do articorpo do vírus HIV.

O representante do Grupo de Trabalho de Análises Clínicas do Conselho Federal de Farmácia, Jorge Terrão, reforça o papel do farmacêutico de orientar as pessoas quanto ao manuseio do produto e de como proceder com o resultado do teste. Se der não reagente ou negativo, por exemplo, é importante saber que esse resultado não é conclusivo.“Não é a garantia definitiva da ausência da doença, principalmente da infecção, não é a garantia de que eu não estou infectado. Então se a pessoa tem uma história de relação sexual desprotegida, ou se ela teve um comprometimento de compartilhamento de agulha, se ela é usuária de droga injetável, não é apenas um teste que vai dizer que ela não tem. É fundamental que essa pessoa possa conversar com o farmacêutico para buscar essas orientações", afirma.

Segundo recomendação da Anvisa, o teste deve ser feito somente 30 dias após a situação de exposição. Depois, repetido mais duas vezes com intervalos de 30 dias até completar 120 dias após a primeira exposição. No caso de reagente ou positivo a orientação é buscar o acompanhamento profissional. “Dependendo do resultado, se reagente, essa pessoa imediatamente deve buscar acompanhamento médico para que aí o médico então - diante da história clínica com essa triagem prévia, possa orientar essa pessoa a realizar testes de laboratório que vão ser mais específicos e caracterizar realmente presença da infecção", explica Jorge Terrão.

O produto é mais uma arma para o cumprimento da estratégia do Programa das Nações Unidas - Unaids para acabar com a epidemia da doença. O primeiro pilar dessa estratégia é justamente que até 2020 ao menos 90% das pessoas contaminadas pelo vírus saibam que são soropositivas e recebam o tratamento adequado.



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