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Chega ao Brasil novo medicamento contra câncer de pulmão
Data de publicação: 16 de dezembro de 2016
Tido como como uma das principais causas de morte por câncer no Brasil, o de pulmão é um dos tumores malignos mais comuns entre homens e mulheres. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), somente até o final de 2016, 28.220 novos casos da doença surgiram e ainda deverão aparecer no país, sendo 17.330 em homens e 10.890 em mulheres – matando mais do que câncer colorretal, de mama e câncer de próstata combinados.
Indicado como primeira linha de tratamento para o câncer de pulmão avançado e/ou metastático (quando a célula do câncer está na corrente sanguínea), afatinibe é uma nova aposta contra a doença, lançada no mercado nacional no final do mês de novembro. De acordo com especialistas, o princípio ativo é altamente recomendado para os pacientes que sofrem com uma mutação que ocorre em 24% dos casos de adenocarcinomas (o chamado ‘câncer de pulmão de não pequenas células’, com mutações no receptor do fator de crescimento) e que não foram tratados previamente com outros tipos de terapia alvo (medicamentos ou quimioterapia antes da metástase – quando o câncer se espalha além do local onde começou para outras partes do corpo, ou progressão da doença).
“O afatinibe é um tratamento de 2ª geração (evolução da primeira geração de medicamentos) capaz de impedir que as células cancerígenas continuem se multiplicando. É uma terapia alvo, dirigida à alteração molecular responsável por este tipo de câncer de pulmão. Ou seja, a molécula nunca mais se desliga do receptor que sofre com a mutação, bloqueando assim sua multiplicação”, explica Carlos Barrios, oncologista, pesquisador e Diretor do Grupo Latino Americano de Investigação Clínica em Oncologia (LACOG).
Fabricado pela Boehringer Ingelheim, acredita-se que o novo medicamento, cuja posologia indicada é de apenas um comprimido por dia, bloqueia de forma irreversível a multiplicação das células cancerígenas, sendo capaz de aumentar o tempo de vida do paciente e a resposta do tratamento; além de reduzir a progressão da doença.
Segundo especialistas, o que diferencia o novo medicamento das terapias disponíveis no mercado é o mecanismo de ação inédito, abrindo novas perspectivas para pacientes com mutação do gene EGFR. “Alguns estudos mostram que a molécula atua com redução de 27% na progressão da doença e aumento de 25% na resposta objetiva do tratamento. A chegada do medicamento traz uma opção sólida para os pacientes que buscam um tratamento com maior eficácia”, diz o Dr. Antonio Carlos Buzaid, oncologista e diretor geral do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, da Beneficência Portuguesa de São Paulo e membro do Comitê Gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Segundo especialistas, o que diferencia o novo medicamento das terapias disponíveis no mercado é o mecanismo de ação inédito, abrindo novas perspectivas para pacientes com mutação do gene EGFR. “Alguns estudos mostram que a molécula atua com redução de 27% na progressão da doença e aumento de 25% na resposta objetiva do tratamento. A chegada do medicamento traz uma opção sólida para os pacientes que buscam um tratamento com maior eficácia”, diz o Dr. Antonio Carlos Buzaid, oncologista e diretor geral do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, da Beneficência Portuguesa de São Paulo e membro do Comitê Gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Estudos
A aprovação do medicamento foi baseada na apresentação do estudo Fase III LUX- Lung 3 realizado com mais de 300 pacientes, que compara a nova molécula com o melhor esquema quimioterápico utilizado para o tratamento – o que aponta um aumento de mais de 12 meses a sobrevida global do paciente com uma alteração genética chamada deleção 19, em comparação à quimioterapia. Além disso, os sintomas relacionados ao câncer de pulmão foram controlados de forma superior.
A aprovação do medicamento foi baseada na apresentação do estudo Fase III LUX- Lung 3 realizado com mais de 300 pacientes, que compara a nova molécula com o melhor esquema quimioterápico utilizado para o tratamento – o que aponta um aumento de mais de 12 meses a sobrevida global do paciente com uma alteração genética chamada deleção 19, em comparação à quimioterapia. Além disso, os sintomas relacionados ao câncer de pulmão foram controlados de forma superior.
Afatinibe já era aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, além de ser comercializada como principio ativo de certos medicamentos na Europa.
Fonte: Veja
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