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Equacionar custo de produção é desafio em dermocosméticos


Fonte: DCI
Data de publicação: 9 de novembro de 2016
Créditos: Ana Carolina Neira

São Paulo - Os brasileiros têm uma boa percepção dos dermocosméticos, um segmento em franca expansão apesar da crise que atinge o País. A indústria também aposta nesse tipo de produtos, mas enfrenta desafios quanto a tempo e custo de desenvolvimento de fórmulas.

"A busca por tratamentos estéticos e cuidados é crescente e sólida no País, mesmo diante da crise econômica. O mercado deve continuar acelerado", avalia a diretora da unidade de dermatologia do Aché Laboratórios Farmacêuticos, Mônica Branco Ferreira.

Segundo ela, essa previsão de crescimento vem apoiando os investimentos da farmacêutica nos dermocosméticos mesmo com um elevado custo de formulação. "Priorizamos o uso de ativos consagrados e inovadores em alta concentração em nossas linhas. Sem dúvidas isso tem impacto direto no custo de fabricação", detalha ela.

O laboratório investirá R$ 28 milhões no segmento até o final de 2016, incluindo estudos clínicos de comprovação de eficácia, visitações e eventos. A empresa não divulgou estimativas para o próximo ano.

Mas o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basílio, afirma que o mercado todo deve voltar a crescer em 2017, sendo que os dermocosméticos terão ascensão nos próximos anos.

"Todo nosso setor já promete crescer no ano que vem e os dermocosméticos são muito bem aceitos, então sem dúvidas haverá demanda. Cabe à indústria saber aproveitar esse momento", disse o dirigente recentemente ao DCI.

Uma pesquisa realizada pela Glambox com quase 2 mil mulheres, mostra que os dermocosméticos são percebidos como produtos de maior qualidade quando comparados aos cosméticos comuns. Para 66% delas, eles são mais eficientes. Outras 15% declararam ver eficiência igual ou menor na mesma comparação.

Segundo a gerente de pesquisa da Glambox, Carolina Sarti, a percepção de maior eficácia influencia na hora da compra. "Quase metade das mulheres sempre preferem dermocosméticos. O montante aumenta conforme a idade e renda das entrevistadas", conta.

Embalagens
Nesse sentido, Mônica Ferreira conta que a embalagem e características próprias dos produtos do Aché se tornam diferencial na hora de conquistar o consumidor. "Queremos levar ao mercado propostas diferentes, sensoriais e sustentáveis nesse sentido, mas nem sempre isso é fácil", comenta a executiva, citando uma nova opção de embalagem que não contém gás propelente, agressor da camada de ozônio.

Já a Vichy optou pelo lançamento de embalagens menores para competir no acirrado mercado da beleza, revela a diretora da marca no Brasil, Maíra Da Matta. "A fabricação de embalagens reduzidas gera uma experimentação que pode vir a ser uma demanda recorrente".

Ela acrescenta que, além da gestão de custos para que seja possível oferecer diferentes tamanhos de produtos, é necessário negociar com fornecedores. "É preciso ter parceria, para que tenhamos um processo eficiente para ambos os lados e também inovador na medida em que precisamos", explica Maíra.

A negociação com os fornecedores também faz parte da realidade da diretora da Medicatriz, Sheila Gonçalves. De acordo com ela, a crise econômica obrigou a fabricante de dermocosméticos a repensar estratégias e fazer investimentos mais modestos no segundo semestre deste ano.

"Vamos continuar apostando nos dermocosméticos, mas em alguns momentos é preciso repensar algumas estratégias. Fizemos isso já de olho no ano que vem, que deve ser melhor", aposta Sheila Gonçalves.

Concorrência
Ela destaca ainda que, diante do tamanho do mercado brasileiro e da a perspectiva de crescimento acelerado da categoria em 2017, empresas internacionais estão chegando no País.

"Há diversas empresas atuando no segmento, além de várias outras querendo entrar. Nem todas possuem know how, mas precisamos estar prontos conforme o mercado aquece", define a diretora da empresa paulista, que produz protetores solares, cremes clareadores e para o tratamento de acne.

Na visão da diretora Vichy, porém, não basta só inovar e equacionar os custos. Ela ressalto as exigências e necessidades dos brasileiros. "É preciso agir no tempo certo para oferecer o que o mercado demanda", explica a diretora. "A dermatologia é uma área muito dinâmica. Precisamos aliar qualidade e a velocidade dessas inovações em um segmento que demanda meses para o desenvolvimento do produto", acrescenta Maíra.

Um cenário que colabora para elevar a competição, principalmente com os itens importados, uma vez que as principais inovações chegam primeiro aos mercados mais desenvolvidos, como da Europa e Ásia.

"Nossa vantagem está na atual taxa de câmbio, que ainda oscila e acaba tornando a compra do produto nacional um pouco mais vantajosa", analisa Maíra Da Matta.

De acordo com ela, até mesmo para a Vichy - empresa da francesa L`oreal - não existe vantagem em importar produtos de suas filiais estrangeiras. "Nossa meta é nacionalizar cada vez mais a produção desses itens. O mercado brasileiro é promissor", diz.

Hoje, as vendas de dermocosméticos ainda está bastante concentrada na população com renda entre R$ 2 mil e R$ 5 mil. O grupo movimenta cerca de 35% dessa categoria, conforme a pesquisa da Glambox.

Na visão de Maíra, a expansão da categoria por todo o território deve diluir os custos de produção do setor. "Acredito em um processo de democratização que passa pelo aumento de demanda com redução do nosso custo".

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