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Antibiótico veterinário que bloqueia passagem de zika para o feto é identificado


Data de publicação: 19 de julho de 2016

Um novo estudo feito por cientistas americanos mostra como o vírus zika passa da mulher grávida para o feto. Os pesquisadores também identificaram uma droga que pode bloquear a entrada do vírus no organismo do feto em desenvolvimento.

De acordo com os autores, há duas vias para que o vírus chegue ao feto: pelas células da placenta, durante o primeiro trimestre de gravidez, e pelo saco amniótico - a membrana que envolve o bebê e o líquido amniótico -, durante o segundo trimestre.

Em um estudo feito em laboratório com tecidos humanos, os pesquisadores mostraram que um antigo antibiótico veterinário, chamado Duramycin, consegue bloquear a replicação do vírus em células que o transmitem nas duas vias de infecção. O Duramycin é um antibiótico produzido por bactérias para destruir outras bactérias. Seu uso é comum em animais e em testes clínicos para pessoas com fibrose cística. Estudos recentes têm mostrado, em experimentos de culturas de células, que ele também é eficaz contra flavivírus, como os vírus da zika, da dengue e da febre Oeste do Nilo, e contra filovírus, como o vírus Ebola.

A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) e da Universidade de Califórnia em Berkeley (UCB) - ambas nos Estados Unidos - e publicada nesta segunda-feira, 18, na revista científica Cell Host & Microbe.

“Muito poucos vírus atingem o feto durante a gravidez e causam defeitos congênitos. Compreender como alguns vírus são capazes de fazer isso é uma questão muito relevante e pode ser a mais importante para pensarmos em maneiras de proteger o feto quando a mãe é infectada”, disse uma das autoras da pesquisa, a virologista Lenore Pereira, da UCSF.

“Nosso artigo mostra que o Duramycin bloqueia com eficiência a infecção de inúmeros tipos de células da placenta por linhagens do vírus zika isolados recentemente da epidemia que ocorre na América Latina, onde a infecção durante a gravidez tem sido associada à microcefalia e outros defeitos congênitos”, disse outra das autoras, a infectologista Eva Harris, da Escola de Saúde Pública da UCB.

“Isso indica que o Duramycin ou drogas semelhantes podem reduzir com eficiência a transmissão do vírus da zika da mãe para o feto, por meio das duas rotas potenciais, impedindo os defeitos congênitos associados”, disse Eva.

Segundo os autores do estudo, o vírus infecta diferentes tipos de células de dentro e de fora da placenta, incluindo as membranas fetais. Eles descobriram que as células epiteliais da membrana amniótica que envolve o feto são particularmente suscetíveis à infecção por zika.

“Isso sugere que essas células têm um papel considerável na mediação da transmissão para o feto e reforça a hipótese de que a transmissão poderia ocorrer por meio dessas membranas, independentemente da placenta, mesmo no meio e no fim da gestação”, disse Lenore.

Segundo ela, os defeitos congênitos mais severos associados à infecção por zika - como a microcefalia - parecem ocorrer quando uma mulher é infectada no primeiro e no segundo trimestres. “Mas pode haver uma gama de outros defeitos congênitos menos graves, mas ainda assim sérios, quando uma mulher é infectada no fim da gravidez”, disse.

O virus da zika também utiliza receptores que foram encontrados em várias células da placenta. No entanto, os cientistas encontraram só um, chamado TIM1, que é fortemente expresso em tipos de células da placenta durante a gestação.

O receptor TIM1 se liga à fosfatidiletanolamina (PE), uma membrana de lipídios presente na parte externa do vírus da zika e também nos vírus da dengue, da febre o oeste do Nilo e do Ebola. A molécula de Duramycin se liga ao PE no envelope do vírus e, ao fazer isso, impede que o vírus se conecte ao receptor TIM1 para entrar nas células.

Os cientistas descobriram que o Duramycin bloqueia a infecção de todos os tipos de células da placenta e da membrana fetal que foram testados. Além disso, a infecção foi substancialmente bloqueada com concentrações relativamente baixas da droga.

Fonte: Gazeta do Povo
 

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