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Obesidade é três vezes mais mortal entre os homens, diz estudo


Data de publicação: 15 de julho de 2016

A obesidade é três vezes mais mortal para os homens do que para mulheres, e mesmo um singelo aumento de peso eleva o risco de morte prematura, segundo um estudo internacional publicado na revista “Lancet”.

Os obesos podem perder até três anos de vida, enquanto pessoas com sobrepeso morrerão um ano mais cedo do que se mantivessem condições de vida saudáveis.

O levantamento, assinado pelas universidades Harvard (EUA), Oxford e Cambridge, ambas britânicas, é o mais ambicioso relato sobre a relação entre morte e obesidade.
Normalmente, menos de um em cada cinco homens morrerão antes de completar 70 anos de idade, mas este índice salta para quase um em três na população moderadamente obesa, e oito em dez entre os obesos mórbidos.

— Descobrimos que os homens obesos têm risco de morte prematura muito maior do que as mulheres obesas — revela Emanuele Di Angelantonio, coautora do estudo e pesquisadora da Universidade de Cambridge. — Isso é consistente com observações anteriores de que homens obesos têm índices maiores de resistência à insulina, gordura no fígado e risco de diabetes do que as mulheres.

Atualmente, no Reino Unido, cerca de 61% dos adultos estão com sobrepeso ou obesidade. O peso médio médio da população cresce constantemente desde a década de 1970. Em 1975, o britânico médio tinha um IMC (índice de massa corporal) de 23, que é considerado um peso saudável. Hoje, porém, que subiu para 27, o que já se encaixa na categoria de pessoas acima do peso.

Dez tipos de câncer estão ligados a sobrepeso e obesidade, além de enfermidades como a diabetes tipo 2, acidente vascular cerebral e doenças respiratórias.

Os pesquisadores compilaram dados de 10,6 milhões de pessoas que participaram de 239 estudos entre 1970 e 2015, em 32 países diferentes. O levantamento apontou riscos maiores de morte prematura para as pessoas que estavam classificadas como abaixo do peso ou acima do peso.

Ao atingir a obesidade mórbida, nível mais elevado do IMC, o risco de morte prematura aumentava mais de quatro vezes em homens. Para as mulheres, este nível cresceu 2,7 vezes.

De acordo com o estudo, uma em cada sete mortes prematuras poderia ser evitada, se as pessoas obesas ou com sobrepeso emagrecessem.

— A obesidade é a segunda maior causa de morte prematura na Europa, perdendo apenas para o câncer de pulmão — destaca Richard Peto, pesquisador da Universidade de Oxford, que também assina o levantamento.

Segundo Peto, a pesquisa refuta o “paradoxo da obesidade”, uma teoria em voga em diversos estudos recentes, que sugerem que, em alguns casos, a gordura poderia proteger o organismo.

Fonte: O Globo


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