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Laboratórios passam a oferecer teste para detectar vírus da zika no sêmen
Data de publicação: 5 de abril de 2016
O teste para detecção do vírus da zika – que já vinha sendo feito no sangue, urina, saliva, líquido amniótico e líquor – agora está disponível também para o sêmen. O laboratório Chromosome Medicina Genômica, de São Paulo, já oferece a técnica e ao menos outras duas instituições estão validando o método e passarão a oferecê-lo em breve: o Fleury Medicina e Saúde, que tem unidades no estado de São Paulo e Distrito Federal, e o Richet Medicina & Diagnóstico, no Rio de Janeiro.
Trata-se de um teste de biologia molecular (PCR), que consiste em multiplicar a quantidade de RNA do vírus na amostra coletada, ou seja, amplificar o material genético do vírus para que seja possível identificá-lo quimicamente.
Verificar a presença do zika no sêmen é importante porque o vírus permanece no fluido muito tempo depois de ter desaparecido do sangue. Um estudo publicado na revista “Emerging Infectious Diseases” já detectou zika no sêmen de um paciente 62 dias depois do início dos sintomas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já considera a transmissão sexual do vírus da zika como um fato confirmado. Portanto, a presença do vírus do sêmen é preocupante por colocar em risco as parceiras sexuais de homens contaminados. A situação é mais alarmante no caso de mulheres que estejam grávidas ou em idade reprodutiva devido à forte associação entre a infecção nas gestantes e a ocorrência de microcefalia em bebês.
Segundo o geneticista Ciro Martinhago, do laboratório Chromosome, ainda não há estudos que apontem quais seriam as possíveis consequências de uma fecundação com esperma contaminado por zika. “Os estudos estão começando agora. A gente acredita que possa haver a destruição do embrião, que ele não iria para frente”, diz.
A expectativa é que, em breve, o teste de zika no sêmen seja oferecido por mais instituições. O preço, similar ao do teste de PCR no sangue, pode variar de R$ 400 a R$ 1000.
Teste de zika para fertilização
Em 22 de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que doadores de sêmen ou óvulo para procedimentos de fertilização in vitro em clínicas de reprodução assistidafaçam o teste sorológico no sangue para detecção do vírus da zika. O teste sorológico é capaz de detectar se a pessoa já teve a doença no passado, já que identifica os anticorpos contra o vírus, e não o vírus em si.
Mulheres que tiverem resultado positivo ou inconclusivo devem repetir o teste sorológico após 30 dias ou fazer teste de biologia molecular no sangue em qualquer momento. Homens que tiverem resultado positivo ou inconclusivo devem fazer teste de biologia molecular no sêmen.
Casais que vão se submeter ao procedimento de fertilização in vitro também terão de passar pelos testes. Nem a doação nem o tratamento poderão ser feitos caso o vírus seja detectado em seu organismo.
Preservativo na gravidez
Mesmo para casais que não se submeteram à fertilização in vitro, a recomendação é o uso de preservativo durante a gravidez para evitar que o homem possa contaminar a mulher. “Pelo fato de não conhecermos direito a ação do vírus, o que sugiro para o casal em que a mulher engravidou é o uso de preservativo nas relações sexuais durante a gestação toda por precaução”, diz Martinhago.
Fonte: G1
Trata-se de um teste de biologia molecular (PCR), que consiste em multiplicar a quantidade de RNA do vírus na amostra coletada, ou seja, amplificar o material genético do vírus para que seja possível identificá-lo quimicamente.
Verificar a presença do zika no sêmen é importante porque o vírus permanece no fluido muito tempo depois de ter desaparecido do sangue. Um estudo publicado na revista “Emerging Infectious Diseases” já detectou zika no sêmen de um paciente 62 dias depois do início dos sintomas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já considera a transmissão sexual do vírus da zika como um fato confirmado. Portanto, a presença do vírus do sêmen é preocupante por colocar em risco as parceiras sexuais de homens contaminados. A situação é mais alarmante no caso de mulheres que estejam grávidas ou em idade reprodutiva devido à forte associação entre a infecção nas gestantes e a ocorrência de microcefalia em bebês.
Segundo o geneticista Ciro Martinhago, do laboratório Chromosome, ainda não há estudos que apontem quais seriam as possíveis consequências de uma fecundação com esperma contaminado por zika. “Os estudos estão começando agora. A gente acredita que possa haver a destruição do embrião, que ele não iria para frente”, diz.
A expectativa é que, em breve, o teste de zika no sêmen seja oferecido por mais instituições. O preço, similar ao do teste de PCR no sangue, pode variar de R$ 400 a R$ 1000.
Teste de zika para fertilização
Em 22 de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que doadores de sêmen ou óvulo para procedimentos de fertilização in vitro em clínicas de reprodução assistidafaçam o teste sorológico no sangue para detecção do vírus da zika. O teste sorológico é capaz de detectar se a pessoa já teve a doença no passado, já que identifica os anticorpos contra o vírus, e não o vírus em si.
Mulheres que tiverem resultado positivo ou inconclusivo devem repetir o teste sorológico após 30 dias ou fazer teste de biologia molecular no sangue em qualquer momento. Homens que tiverem resultado positivo ou inconclusivo devem fazer teste de biologia molecular no sêmen.
Casais que vão se submeter ao procedimento de fertilização in vitro também terão de passar pelos testes. Nem a doação nem o tratamento poderão ser feitos caso o vírus seja detectado em seu organismo.
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Fonte: G1
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