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Soro da Unesp para picada de abelha será testado em humanos
Data de publicação: 17 de março de 2016
Um soro contra picadas de abelhas desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, no interior de São Paulo, já pode entrar na fase final de testes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação do antiveneno em pessoas para a avaliação de riscos e comprovação da eficácia, conforme divulgou a Unesp nesta terça-feira, 16. O produto, que ainda não tem similar, já passou pelas etapas pré-clínicas e agora será testado em humanos.
O soro antiapílico foi desenvolvido pelo Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (Cevap) da universidade, em parceria com o Instituto Vital Brazil, de Niterói, no Rio de Janeiro, e pode salvar a vida de pessoas atacadas por enxames de abelhas africanizadas. Esses insetos respondem pela maior parte das vítimas de acidentes com vespas e abelhas e causam em média 40 mortes por ano no Brasil.
Quando um adulto é picado por mais de 200 abelhas, o corpo recebe uma quantidade de venenos suficiente para causar lesões nos rins, fígado e coração, podendo levar à morte. Cerca de 20 mililitros do soro aplicado por via intravenosa trazem uma quantidade de anticorpos capaz de neutralizar 90% dos problemas causados pelas abelhas africanizadas.
Os pacientes serão selecionados e receberão o soro em abril. Na primeira fase, 20 pessoas passarão pelos testes para a verificação de possíveis reações do organismo ao soro.
"Os médicos participantes do projeto serão responsáveis por definir qual paciente tem a indicação de soroterapia específica e a dose necessária", explicou o coordenador do Cevap, Rui Seabra Ferreira Jr.
A fase de testes será concluída com a aplicação do soro em mais 300 pacientes. De acordo com o pesquisador, se os resultados forem os esperados, a Anvisa deve autorizar a fabricação do antiapílico. O soro será fabricado pelo Vital Brazil, referência na produção de antídotos para o Sistema Público de Saúde (SUS).
Fonte: Correio Braziliense
"Os médicos participantes do projeto serão responsáveis por definir qual paciente tem a indicação de soroterapia específica e a dose necessária", explicou o coordenador do Cevap, Rui Seabra Ferreira Jr.
A fase de testes será concluída com a aplicação do soro em mais 300 pacientes. De acordo com o pesquisador, se os resultados forem os esperados, a Anvisa deve autorizar a fabricação do antiapílico. O soro será fabricado pelo Vital Brazil, referência na produção de antídotos para o Sistema Público de Saúde (SUS).
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