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Teste com 'bactéria do bem' contra o Aedes anima pesquisadores no Rio


Data de publicação: 7 de março de 2016

Os resultados de uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, animaram os cientistas que trabalham no combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Eles usam uma "bactéria do bem" para neutralizar o mosquito como transmissor de doenças, como mostrou o Jornal Nacional neste sábado (5).

Os pesquisadores injetaram uma bactéria nos ovos do Aedes aegypti: a Wolbachia. Trata-se uma bactéria inofensiva para o meio ambiente e pode ser uma grande aliada contra a transmissão dos vírus da dengue, chikungunya e zika.

Entre agosto de 2015 e janeiro deste ano, a missão foi soltar cerca de 340 mil mosquitos em dois bairros: um no Rio, a Ilha do Governador, e outro em Niterói: Jurujuba.

“A gente pode afirmar que ocorre uma redução significativa na capacidade de transmissão dessas doenças. Testando em laboratório dois grupos, mosquito de campo e mosquito com Wolbachia, a gente viu que quando a Wolbachia está presente, a gente não consegue detectar os vírus dengue, chikungunya e zika na saliva desses mosquitos”, explicou Luciano Moreira, pesquisador da Fiocruz e coordenador do projeto.

É justamente pela saliva do mosquito que esses vírus são transmitidos. O estudo começou na Austrália e hoje é feito também no Vietnã, na Indonésia, na Colômbia e no Brasil.

liberação dos primeiros mosquitos aconteceu em 2014. Desde 2012, a Fiocruz trabalha no projeto estudando bairros para a aplicação do método, avaliando a população de mosquitos desses bairros e promovendo cruzamentos dos mosquitos com Wolbachia com os mosquitos do Brasil em laboratório. Os ovos de mosquito com a bactéria foram importados da Austrália, com autorização do Ibama.

Semanalmente, as equipes da Fiocruz coletam os mosquitos. Armadilhas para capturar os insetos para a pesquisa foram colocadas em 56 casas. O trabalho é monitorar se a Wolbachia, a bactéria do bem, está se proliferando.

Resultados

Os primeiros resultados mostram que a Wolbachia está presente em mais de 80% dos mosquitos Aedes aegypti encontrados nos dois bairros onde a pesquisa é realizada.

Outra comprovação importante: a fêmea com a bactéria transmite naturalmente a Wolbachia para os filhotes. E mais: se a fêmea não tem a bactéria, mas é fecundada por um macho com a Wolbachia, ela fica estéril: os ovos não viram novos mosquitos.

Os pesquisadores ainda vão cruzar alguns dados e verificar se o número de doentes nestas regióes diminuiu.

“A gente já está em conversa com o Ministério da Saúde, como os nossos financiadores, com a possibilidade de expansão desse projeto em outras localidades", explicou Moreira.

Fonte: G1


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