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Notícias

EUA investigam 14 casos de zika por via sexual


Data de publicação: 25 de fevereiro de 2016

Os Estados Unidos investigam mais 14 casos de mulheres que foram infectadas pelo vírus da zika após manter relações sexuais com parceiros que viajaram para regiões epidêmicas. No início do mês, a agência já havia registrado o caso de uma mulher de Dallas que contraiu zika após o parceiro retornar da Venezuela — onde também circula o vírus.

Segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos), vários desses novos casos (não especifica quantos) envolvem mulheres grávidas. Todas elas têm uma história em comum: os parceiros viajaram para áreas com circulação de zika e manifestaram sintomas da doença duas semanas antes do início dos sinais aparecerem nelas, que não saíram do país.

O CDC não informou os Estados onde os casos estão sendo investigados. Segundo a agência, até o momento não há evidência de que mulheres também possam transmitir o vírus da zika para homens. “Porém,mais pesquisas serão necessárias para entender isso”, diz a nota do CDC.

Em entrevista coletiva nesta terça (23), Anne Schuchat, uma das diretoras do CDC, disse que todos os casos ainda estão sendo investigados, mas eles sugerem que a transmissão sexual por zika é “mais provável” do que os pesquisadores haviam considerado anteriormente. “Estamos surpresos em ver mais casos do que havíamos considerado”, afirmou.

Senegal

Na literatura médica,o primeiro registro de contágio sexual por zika foi documentado em estudo publicado na revista científica “Emerging Infectious Diseases”. Em 2008, um pesquisador americano, ao voltar do Senegal para os EUA, apresentou sintomas da infecção já em casa, no Estado do Colorado. O fato de sua mulher, que não saíra dos EUA, também ter sido infectada pelo vírus da zika foi interpretado pelos pesquisadores como um indício de possível transmissão sexual, pelo sêmen, do vírus.

Nesta terça, o CDC voltou a reforçar as orientações de prevenção que havia dado no início do mês. Entre elas a de que homens que viajaram para áreas afetadas pelo vírus considerem evitar manter relações sexuais com suas parcerias grávidas durante o período de gestação — ou que usem preservativos.

Para casais não grávidos em que o homem esteve em áreas afetadas pela zika e em que haja preocupação com a transmissão do vírus para a mulher, a recomendação também é de que se considere a abstinência ou o uso de preservativo. A OMS (Organização Mundial da Saúde) reforçou essas recomendações no último dia 18.

O CDC lembra que, apesar de a transmissão sexual do vírus da zika ser possível, a principal forma de contágio continua sendo pela picada do mosquito Aedes aegypti, que também transmite dengue e chikungunya.

Transfusão e leite

No Brasil, também já houve relato de transmissão de zika por meio de transfusão de sangue. O caso ocorreu em Campinas (SP). O doador foi um rapaz de 20 anos, que doou sangue ao Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, no início de 2015. O caso só foi descoberto após o receptor, à época internado na Unidade de Terapia Intensiva, apresentar queda de plaquetas em exame de sangue.A vítima morreu,mas a prefeitura diz que não foi em razão da zika. Antes, um estudo de 2014 na revista “Eurosurveillance” relatou a detecção do vírus da zika em amostras de sangue de doadores. A coleta ocorreu na Polinésia Francesa. O vírus também já foi encontrado em amostras de saliva e de leite materno, mas até o momento nenhum caso de transmissão foi relatado.

A Fiocruz e o Ministério da Saúde recomendam a amamentação como prática saudável e dizem que ela não deve ser evitada por causa da epidemia de zika, pois os benefícios superam os riscos.

Fonte: Folha de S. Paulo


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