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Inibidores de bomba de prótons e lesão renal aguda


Fonte: Portal Farmacêutico Clínico
Data de publicação: 20 de janeiro de 2016

Estudo recente indica que os inibidores da bomba de prótons podem estar associados ao risco aumentado de doença renal, se utilizados em longo prazo [1].

As pessoas que utilizaram inibidores da bomba de protões (IBP) tiveram um risco 20-50% maior de doença renal crônica em comparação com os não usuários. O estudo foi publicado em 11 de janeiro, em JAMA Internal Medicine.

O estudo não estabelece uma relação direta de causa e efeito entre as drogas e doença renal crônica. No entanto, segundo os autores: “Houve um risco crescente associado ao aumento da dose, sugerindo que este efeito possa ser real”.

Falando um pouco mais sobre o estudo

No total, 10.482 participantes do estudo Atherosclerosis Risk in Communities com uma taxa de filtração glomerular estimada de pelo menos 60 mL/min/1,73 m2 foram acompanhados entre 1 de fevereiro de 1996, e 30 de janeiro de 1999, a 31 de Dezembro de 2011. Os dados foram analisados a partir de maio de 2015 a outubro de 2015. Os resultados foram replicados em uma coorte administrativa de 248.751 pacientes com uma taxa de filtração glomerular estimada de pelo menos 60 mL/min/1,73 m2 da Geisinger Health System.

O uso de IBP foi levantado através de autorrelatado no Atherosclerosis Risk in Communities ou da prescrição ambulatorial na coorte Geisinger Health System. Uso de anti-histamínicos H2 foi considerado um controle negativo e comparador ativo.

A Incidência de DRC foi definida utilizando os códigos de diagnóstico no momento da alta hospitalar ou óbito no Atherosclerosis Risk in Communities, e por uma taxa de filtração glomerular ambulatorial sustentada inferior a 60 mL/min/1,73 m2 na coorte de replicação Geisinger Health System.

Principais Resultados

Entre 10.482 participantes do Atherosclerosis Risk in Communities, a média (DP) de idade foi de 63,0 (5,6) anos, e 43,9% eram do sexo masculino. Em comparação com os não usuários, os usuários IBP eram mais frequentemente da raça branca, portadores de obesidade, e utilizavam medicação anti-hipertensiva. Uso de inibidores da bomba de prótons foi associado com a incidência de DRC na análise não ajustada (hazard ratio [HR], 1,45; 95% CI, 1,11-1,90); e na análise ajustada para as variáveis demográficas, socioeconômicas e clínicas (HR, 1,50; IC 95%, 1,14-1,96). A associação persistiu quando os usuários IBP na linha basal foram comparados diretamente com os usuários de antagonistas do receptor H2 (HR ajustado, 1,39; IC 95%, 1,01-1,91) e com não usuários pareados por escore de propeensão (HR, 1,76; 95% IC, 1,13-2,74). Na coorte de replicação Geisinger Health System, o uso de IBP foi associada à DRC em todas as análises, incluindo um projetocom avaliação do tempo de uso (HR ajustado, 1,24; 95% IC, 1,20-1,28). Administração de IBP duas vezes ao dia (HR ajustado, 1,46; 95% IC, 1,28-1,67) foi associada a um risco maior do que uma dose única diária (HR ajustado, 1,15; 95% CI, 1,09-1,21).

Conclusões

A utilização de bomba de prótons está associada a um maior risco de incidência de DRC. Pesquisas futuras devem avaliar se limitar o uso IBP reduz a incidência de DRC em longo prazo.

Comentário

A utilização de IBP cresce desenfreadamente. Com a justificativa de proteção gástrica, inúmeros pacientes polimedicados assintomáticos recebem um IBP. Segundo dados americanos, aproximadamente um terço dos usuários crônicos de IBP poderiam ter o medicamento suspenso, sem a piora sintomática.

Inúmeros estudos demonstraram que o uso crônico de IBP, em longo prazo, está associado a inúmeros danos, como a maior incidência de infecções respiratórias e gastrointestinais. O estudo comentado coloca mais lenha na fogueira, e indica uma possível associação entre o uso crônico de IBP e a incidência de doença renal crônica.

Visto os dados atuais, nós farmacêuticos devemos estar cada vez mais atentos a pacientes que utilizam IBP cronicamente, sem uma justificativa plausível.

Esteja atento farmacêutico, sua atuação pode melhorar a vida dos nossos pacientes!

Referências
  1. Lazarus B, Chen Y, Wilson FP, Sang Y, Chang AR, Coresh J, Grams ME: Proton Pump Inhibitor Use and the Risk of Chronic Kidney Disease. JAMA Intern Med :238–246.

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