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Metas para ingestão de potássio e sal estão fora de compasso, diz estudo


Fonte: G1 - Bem Estar
Data de publicação: 21 de setembro de 2015

As diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) para consumo de sódio e potássio estão fora de compasso, indica um estudo realizado em quatro países.

Como há muitos alimentos nos quais ambos os elementos estão presentes, atingir as recomendações tem sido difícil, porque a tendência geral das dietas modernas é consumir sal demais e potássio de menos.

O nível recomendados de consumo diário de potássio é de um mínimo de 3.510 mg, equivalente a seis batatas ou nove xícaras de leite. Já o nível máximo de consumo de potássio é de 2000 mg, menos de uma colher de chá de sal.

Após fazer uma sondagem em pacientes nos EUA, Reino Unido, México e França, pesquisadores da Universidade de Washington descobriram que mais de 99% das pessoas falham em cumprir ao menos umas das duas recomendações.

Os franceses, que tiveram o melhor índice, têm apenas 0,5% de sua população ingerindo níveis adequados de sódio e potássio. Os americanos, os piores, têm 0,1%.
Um dos problemas é regular, por exemplo, o consumo de leite, que é uma boa fonte de potássio, mas também tem sódio. Elevar o consumo de batata também é um problema, porque muitas pessoas têm o hábito de comê-las com muito sal.

Uma maneira de ajutsar o consumo de potássio, então, seria comendo frutos cítricos e raízes como beterraba. Em países mais pobres, porém, isso é difícil de implementar em políticas de saúde pública, porque esses alimentos adicionam um custo extra na dieta.

Adam Drewnowski, médico que liderou o estudo, afirma que as diretrizes da OMS não são praticáveis hoje e precisam ser mais razoáveis. Mas ele afirma que o número de pessoas que cumprem as recomendações pode subir um pouco com uma política mais rigorosa de controle do sódio.

A quantidade de sal em comida processada, por exemplo, precisa ser mais bem regulamentada, porque o custo de fazer isso é menor que o de elevar o conteúdo de potássio dos alimentos. As conclusões da pesquisa foram descritas em estudo na revista médica inglesa “BMJ Open”.


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