Ebola reaparece em olho de médico americano e altera cor da íris
Fonte: G1
Data de publicação: 11 de maio de 2015
Fotos: Emory Eye Center/The New York Times
Créditos: G1
Um americano que havia se curado do ebola ficou surpreso ao descobrir que o vírus reapareceu em seu olho esquerdo e, inclusive, alterou a cor de sua íris, de azul para verde.
Segundo reportagem do “The New York Times”, citando estudo publicado no periódico científico “The New England Journal of Medicine”, Crozier contraiu o ebola em setembro de 2014 e foi declarado curado em outubro, após diversos exames constatarem a ausência da doença.
Dois meses depois, ele teve uma inflamação no olho esquerdo, chamada de uveíte, onde foi relatada uma pressão intraocular elevada, que provocou inchaço e dificuldades para enxergar. A equipe que o atendeu sabia que o vírus havia invadido seu olho no auge da infecção, no entanto, não esperava encontrar resquícios da doença por ali.
Síndrome pós-ebola
O "NYT" afirma que além da inflamação no olho, outros problemas foram relatados no que a reportagem chamou de "síndrome pós-ebola". Ian teve ainda dores nas articulações, fadiga e perda auditiva profunda, sintomas similares que têm sido relatados por moradores da África Ocidental que foram diagnosticados e tratados após a infecção.
Houve ainda relatos de sobreviventes que ficaram cegos ou surdos, no entanto, não há comprovação de relação com o ebola.
Dez dias depois da inflamação, o olho do médico americano voltou ao normal graças a um tratamento experimental com uma droga, que não teve o nome divulgado. O uso do medicamento teve permissão especial da FDA, órgão que controla medicamentos nos EUA.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o balanço da epidemia da febre hemorrágica ebola na África Ocidental ultrapassou a marca de 11 mil mortes. No total, nos três países mais atingidos pela epidemia - Libéria, Guiné e Serra Leoa - 26.593 pessoas foram afetadas pelo vírus. De acordo com o relatório da OMS, 11.005 morreram em decorrência da febre.
O surto de ebola na África Ocidental, o mais grave desde a identificação do vírus na África Central em 1976, começou em dezembro de 2013 no sul da Guiné antes de chegar a Libéria e Serra Leoa. A OMS declarou tratar-se de uma "emergência de saúde pública global" apenas em agosto de 2014.
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