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Notícias

Exame rápido diminui uso desnecessário de antibiótico


Data de publicação: 7 de novembro de 2014

Um rápido exame de sangue pode ajudar a identificar infecções bacterianas e reduzir o número de prescrições desnecessárias de antibióticos, de acordo com uma pesquisa publicada nesta quarta-feira no periódico The Cochrane Library.
 
Segundo o estudo realizado por cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, os médicos geralmente não têm nenhuma maneira imediata de saber se o paciente está com uma infecção bacteriana ou viral. Na dúvida, receitam o antibiótico.
 
O uso desnecessário do medicamento pode criar bactérias resistência às drogas disponíveis no mercado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já considerou o problema uma realidade na saúde pública global e diversos pesquisadores pensam na possibilidade da existência de uma era pós-antibiótico.
 
"Os nossos resultados sugerem que a prescrição de antibióticos em pacientes com infecções respiratórias agudas poderia ser reduzida com a realização de testes de biomarcadores de bactérias", diz Rune Aabenhus, coautor do estudo e pesquisador da Universidade de Copenhague.

Teste

Os pesquisadores analisaram seis estudos que verificaram se o exame que mede o nível da proteína C reativa, marcador que indica se o corpo passa por algum processo inflamatório, é eficaz para identificar uma infecção bacteriana. Atualmente, esse é o único método rápido que poderia ajudar os médicos na prescrição adequada de antibióticos — o resultado sai em até 3 minutos.
 
Os estudos envolveram 3 284 pacientes adultos. Ao todo, 1 685 realizaram o teste da proteína C reativa, sendo que em 631 casos os antibióticos foram receitados. Entre os 1 599 pacientes que não fizeram o teste, 785 receberam prescrição de antibióticos. Assim, os pesquisadores constataram que a utilização de antibiótico foi 22% menor no grupo que se submeteu ao teste.
 
"Fazer o exame numa maior escala seria útil para analisarmos dados sobre a redução da prescrição, bem como comparar a eficácia desse teste com outras abordagens que identificam infecções bacterianas", explica Aabenhus.

Fonte: Veja


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