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França estuda limitar prescrição de anticoncepcional por risco de coágulos


Data de publicação: 7 de janeiro de 2013

Embora todos os contraceptivos orais estejam associados a um risco aumentado de formação de coágulos sanguíneos, uma série de estudos sugere que as marcas mais recentes, conhecidas como pílulas terceira e quarta geração, resultariam em um risco maior que as anteriores.

A Agência Europeia de Medicamentos disse que o risco de uma embolia, ou coágulo de sangue, é baixo, mas chega a ser duas vezes maior para as mulheres que utilizam pílulas terceira e quarta geração do que para aquelas que utilizam versões mais antigas. O risco de um acidente vascular cerebral é o mesmo.

Marion Larat, de 18 anos, processou a empresa alemã Bayer por causa de um acidente vascular cerebral (derrame) que sofreu em 2006, após o uso da pílula Meliane, da terceira geração de anticoncepcionais. Uma investigação mostrou que o uso da pílula poderia ter sido responsável pelo derrame, o que levou a uma paralisia parcial. Os advogados argumentam que a Bayer deveria ter retirado a sua pílula do mercado. A empresa não quis comentar a ação judicial.

A Bayer já concordou em pagar 750 milhões de dólares (cerca de R$ 1,5 bilhão) para resolver 3.490 processos judiciais relativos a coágulos sanguíneos provocados pela pílula Yasmin, também das novas gerações. Ainda há 3.800 casos pendentes. Em abril, reguladores de saúde dos EUA acrescentaram advertências sobre coágulos sanguíneos nos rótulos das pílulas anticoncepcionais de última geração.
As autoridades francesas alegam que essas pílulas - bastante usadas por apresentarem menos efeitos colaterais, como ganho de peso e acne - só devem ser prescritas por médicos. Atualmente, parteiras e enfermeiras também estão autorizados a prescrever esses produtos no país.

Na última quarta-feira 02 de janeiro, o Ministério da Saúde da França anunciou que deve parar de reembolsar as pílulas prescritas a partir de 31 de março. O país, que reembolsa 100% dos custos de prescrição para pílulas, está sofrendo pressão para reduzir um deficit de 8,6 bilhões de euros em seu sistema de saúde.


Fonte: Site Folha online


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