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Notícias

Cientistas criam teste rápido para identificar medicamentos falsos.


Fonte: CRF-SP
Data de publicação: 27 de agosto de 2012

Um novo teste capaz de detectar rapidamente se um medicamento é falsificado ou legítimo foi desenvolvido por cientistas norte-americanos e apresentado nessa semana durante o encontro anual da Sociedade Química Americana.
O teste recebeu o nome de PAD, sigla em inglês para “dispositivo de análise em papel” e foi realizado para comprovar a autenticidade de pílulas de paracetamol. No entanto, os especialistas já têm planos para adaptá-lo a antibióticos e medicamentos contra a malária.
O teste criado pela equipe de Toni Barstis, da Faculdade Saint Mary, nos Estados Unidos, consiste em um cartão de papel com substâncias químicas que reagem com o medicamento. Quando a reação acontece, o cartão muda de cor e indica qual é a substância contida no medicamento.
Falsificação no mundo
A Organização Mundial da Saúde, OMS, estima que, no mínimo, 10% dos medicamentos usados nos países em desenvolvimento sejam falsificados. Países como Quênia, Nigéria, Índia, Vietnã e Panamá já registraram mortes causadas por esse problema.
Um terço dos medicamentos de malária é falso, sugere estudo. Para fazer o teste, a pílula deve ser partida ao meio e esfregada no cartão. Em seguida, o cartão deve ser mergulhado em água, para que as substâncias presentes no comprimido penetrem e reajam com as do cartão. Quando isso acontece, o cartão muda de cor.
O processo leva menos de dez minutos e poderia ser usado por hospitais, clínicas e agências reguladoras. Por enquanto, os criadores estimam que o custo de produção vá ficar abaixo de US$ 1,50 – cerca de R$ 3.
Os testes disponíveis para a identificação de medicamentos falsificados geralmente são feitos em laboratórios de países industrializados. Um lote suspeito encontrado na África precisa ser enviado para a Europa ou para os Estados Unidos, e o processo leva, ao todo, entre três e seis meses.
É uma ferramenta de classificação, e não um método de detecção completa. “Nossa invenção não é analiticamente comparável aos métodos de alta tecnologia instrumental. É uma ferramenta de classificação, e não um método de detecção completa. Mas dada a grande falta de métodos instrumentais e cientistas treinados nos países em desenvolvimento, um teste rápido como o PAD é desesperadamente necessário”, completou Toni Barstis.
Segundo a pesquisadora, o teste já poderá ser produzido em pequena escala dentro de um ano. O principal desafio dos produtores no momento é prolongar a validade do PAD e melhorar as condições de armazenamento. As primeiras remessas foram enviadas a colaboradores do projeto no Quênia.
 
Thais Noronha (com informações portal G1)
Assessoria de Comunicação CRF-SP


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